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Pessoal, Organizacional, Educacional, Plano de Carreira.
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Para Líderes, Gestores e Empreendedores.
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Capacitação para Líderes, Equipes, Gestão Comportamental e Coaching.
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Capacitação para Líderes, Equipes, Gestão Comportamental e Coaching.
Por Wellington Oliveira
Acertar uma boa vizinhança é sorte??
Tudo depende de como venha ser os seus vizinhos, aquele apartamento ou a casa dos sonhos torna-se em sono de noite mal dormido. Entre as muitas queixas recorrentes na compra ou mudança para um novo “doce lar”, uma não pequena parte refere-se a problemas que prejudicam a convivência promovida por comportamentos e uma comunicação desalinhada que não favorecem o convívio em comunidade. Não basta apenas achar o imóvel certo, mas também o vizinho.
CONVIVÊNCIA, COMUNICAÇÃO e COMPORTAMENTOS COM A VIZINHANÇA
Por Wellington Oliveira
Acertar uma boa vizinhança é sorte??
Tudo depende de como venha ser os seus vizinhos, aquele apartamento ou a casa dos sonhos torna-se em sono de noite mal dormido. Entre as muitas queixas recorrentes na compra ou mudança para um novo “doce lar”, uma não pequena parte refere-se a problemas que prejudicam a convivência promovida por comportamentos e uma comunicação desalinhada que não favorecem o convívio em comunidade. Não basta apenas achar o imóvel certo, mas também o vizinho.
É claro que sempre a sorte o pode favorecer! Mas também é correto afirmar que posso construir a minha própria sorte! De forma até cômica de narrar, há incontáveis histórias de encontros felizes, de vizinhos que, por assim dizer, tornam-se o familiar mais próximo ou até um pouco mais tornando-se membro da família literalmente – namoros, casamentos, amizades para uma vida toda. Nesse caso, o imóvel pode até nem ser como gostaríamos, mas como a vizinhança compensa é com ele que vamos ficar! No oposto há também relatos de histórias infelizes de convivência ruim, forçando até mesmo o dissabor de ter que optar pelo transtorno de uma nova mudança, pois vale mais ter saúde do que o desgaste emocional contínuo. Todos buscamos um lugar onde desejamos pertencer e desfrutar do conforto da a segurança e do convívio em uma comunidade com interesses em comum, nosso universo próprio.
Gosto muito da fala de Marcos Kahtalian (Homo Apartamentus) que faz uma narrativa descontraída da realidade da vizinhança, cuja, única certeza que se deve ter é que nunca saberemos com quem vamos dividir um novo imóvel, seja na unidade do lote ao lado, em cima ou em baixo, vizinho de parede, no próprio bloco ou andar, ou ainda no mesmo condomínio como um todo. Administrar os conflitos em uma habitação coletiva e conseguir fazer valer um regramento de interesses, comportamento e de convívio comum não é tarefa de menor importância, muitas vezes recaindo sobre o papel do sindico, este herói vocacionado, nunca cantado devidamente.
Esse tipo de problema pode ser menor quando o condomínio já existe, e é habitado há tempos. Nesse caso já há certa acomodação entre os moradores, que se conhecem e mesmo se frequentam. Mas nem sempre é fácil avaliar previamente essa questão em uma mudança de endereço. Problemas são frequentes, mas relações saudáveis com os vizinhos também não são raras. Há aqueles vizinhos que parecem como se fossem velhos amigos de sua família. Amigos como amigos de infância. São eles que ajudarão a tornar o seu apartamento o melhor lugar
Os empreendimentos mais novos são construídos com adequações às normas técnicas mais rigorosas, buscam de algum jeito melhorar a experiência do morador. Especialmente na questão do conforto acústico, onde há muitas reclamações: alguns referentes ao projeto de construção em si, outros ao melhor isolamento entre vizinhos.
Das reclamações mais frequentes estão o barulho de passos no andar de cima; ruídos de descargas, maquinário de elevadores, aparelhos domésticos, sem falar de comportamento sonoro dissonante fora do horário regular de tolerância. E os mais difíceis de fato: o cachorrinho da vizinha do 410, que sofre com ausência, o baterista do 301 formando uma banda com a estudante de piano do 207, as discussões acaloradas que ocorrem no 903 todas as noites, pratos sendo quebrados aqui e ali, eestrondos estranhos na madrugada, som alto da festa inoportuna, a incomoda fumaça do 51 que invade sala do vizinho de cima todo dia, tem também, aqueles ruídos conspícuos do 801, que deixam ruborizadas as senhoras do 802, e vira assunto na manhã seguinte nos grupos de whatsapp do condomínio em uma versão própria da redevida…
Não podemos nos prender somente a esses ruídos. Há um outro muito mais estridente e danoso que se infere a questões relacionadas a má comunicação e as de caráter comportamental, como por exemplo, o descartee adequadoo do lixo, o mau uso e preservação das áreas de convívio comum, estacionamentos etc.. coisa do tipo que leva a falta de interação e comunhão entre vizinhos.
Mas para tudo há solução! E através de mudanças no nosso comportamento poderemos enfim desfrutar do imóvel tão desejado pela família e também provar de uma experiência salutar da vivência em coletividade.
A maneira como nos comunicamos determina muito a qualidade de nossos relacionamentos. Só que, vez ou outra, as questões do dia a dia nos fazem esquecer dessa verdade tão elementar.
É nesse terreno fértil que nascem as discórdias. A maioria dos conflitos que temos com outras pessoas é causada, principalmente, pelo nosso comportamento na execução da nossa comunicação, mais do que propriamente pelas diferenças de opinião.
Todos temos um perfil comportamental único, apesar de semelhanças com outros indivíduos, que influi diretamente na forma que o aplicamos para a autodefesa ou para nos comunicar de forma eficaz e amistosa.
Toda a assertividade para ajustar essas questões e desfrutar de bons resultados no convívio condominial está no autoconhecimento e na equalização da comunicação com o outro.
O fato de que cada indivíduo apresenta um comportamento diferente não é novidade; Uns podem ser mais assertivos, comunicativos, gostar de frequentar eventos sociais interagir e conversar, enquanto outros se satisfazem no conforto da própria casa por serem mais introspectivos e por ter maior interessee por atividades individuais e quase enfartam se tiverem que conversar por mais de cinco minutos com alguém com que não têm intimidade ou até mesmo compartilhar do elevador. Cada pessoa apresenta suas diferentes características, para lidar com uma determinada situação. E esse pequeno exemplo nem começa a definir a complexidade do comportamento humano em sua comunicação, há infinitas subjetividades a serem exploradas e estudadas.
O comportamento está relacionado à essência de cada um. Aqui, estão envolvidas características naturais que, muitas vezes, nos acompanham desde a infância. Este é o fator determinante para basear, por exemplo, a reação de uma pessoa ao receber um questionamento ou repreenção, supondo que tenha sido abordado de forma dura, é normal que ele corresponda de forma ofensiva, alguns se sintam tristes e outros até frustrados e até com certo rancor. Se esse condômino possui um perfil comportamental mais impaciente, pode ser que ele até confronte o agressor verbal. Já o mais diplomático pode tentar dialogar enquanto um que evita conflitos provavelmente vai apenas engolir o sentimento e não expressar nenhuma dessas reações, mas sofrendo posteriormente e remoendo pelo seu EU lhe dizendo: eu tinha que ter falado isso, aquilo, aquilo outro, pois quem ele pensa que é?
Os aspectos comportamentais dos indivíduos estão relacionados às suas características e habilidades naturais, o que engloba suas particularidades, a maneira com a qual cada um reage aos estímulos externos e lida com as mais diferentes situações. Os comportamentos distintos são o que definem, por exemplo, por que algumas pessoas preferem rotinas previsíveis e metódicas, eenquanto outras necessitam de variação constante e desafiadora, como algumas constroem relações com extrema facilidade tornando-se o centro sendo o influenciador dos que convivem com ele enquanto outras se cansam ao tentar manter um diálogo por muito tempo e como algumas conseguem tomar decisões difíceis sob pressão com facilidade enquanto outras perdem a noção da sua explosão e forma áspera de responder.
Ter consciência do seu estilo comportamental é o primeiro passo para aprender a lidar bem com a sua fala, principalmente quando consideramos ambientes de convívio coletivo. E um dos principais fatores que beneficiam as relações além da adaptação da comunicação ao estilo comportamental do receptor da mensagem, é o autoconhecimento. Para que isso seja possível, é preciso, antes de tudo, saber reconhecer esses perfis e diferenciá-los, para então entender quais se aplicam a você e quais tipos de estratégias e abordagens podem ser utilizadas em uma comunicação efetiva com o próximo. Mas como podemos fazer isso?
Identificar as preferências de uma pessoa, o modo de pensar, agir e sentir permite reconhecer o seu estilo comportamental. Pela observação, podemos realizar uma análises prévia que nos possibilita identificar a existência de diferentes perfis organizados a partir de quatro fatores principais: Dominância, Influência, eStabilidade e Conformidade. Todos nós possuímos os quatro e o que ocasiona as diferenças entre os perfis comportamentais é o nível em que estes se mostram presentes, além do uso que fazemos deles. Outra forma mais aprofundada é através de uma avaliação utilizando a metodologia DISC, assunto que abordaremos em outra matéria.
Pessoas com fatores altos de Dominância e Influência, por exemplo, têm natureza mais expansiva, enquanto as com eStabilidade e a Conformidade em níveis altos são mais introspectivas. E para cada um desses fatores, as estratégias para estabelecer uma comunicação eficiente são diferentes. Enquanto uma aproximação direta pode ser essencial para que alguns não percam a paciência, para outros, esse tipo de abordagem pode soar até mesmo ofensivo, caso sintam a necessidade de algo mais afetivo.
Outra maneira de eliminarmos os conflitos de convivência é acabando com a Incomunicação.
Para que a comunicação tenha o efeito esperado, ela precisa ser clara. Se comunicar não é apenas passar uma informação pra frente, mas sim conseguir falar e ser entendido. No cotidiano é comum que a troca de informações gere muita incomunicação por falta de clareza e interpretações incorretas.
Veja que um simples termo pode trazer consigo inúmeras interpretações. O muito bom para um não é o mesmo para outro.
Assim como no dia a dia, a interpretação em um diálogo sem muita clareza pode atrapalhar o bem estar no convívio entre os moradores de um condomínio.
E por fim, outra técnica que pode ajudar a resolver conflitos entre vizinhos e a manter harmonia geral é por meio da Comunicação Não Violenta (CNV). Muita gente pratica essa metodologia conhecida no mundo inteiro, que nasceu nos Estados Unidos em 1970, pelas mãos do psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg.
O que isso tem a ver com condomínios? Tudo! é a resposta correta.
A comunicação não violenta pode ajudar em uma situação de conflito no seu condomínio!
O que é Comunicação Não Violenta (CNV)?
De forma simples, a comunicação não violenta é uma abordagem comunicativa “desarmada”, que agrega habilidades de falar e ouvir para que os conflitos entre os interlocutores sejam reduzidos. Portanto, é uma condição natural, que afasta a violência do discurso adotado e estabelece uma conexão consciente por meio da empatia e da compaixão. A CNV atua justamente para modular o tom da nossa comunicação e pode ser usada como ferramenta nas mais diversas situações – ambiente familiar, corporativo, acadêmico, diplomático e também no condomínio – e por qualquer pessoa. Ou seja, onde houver gente, essa ferramenta pode ser aplicada.
Para isso, é importante se despir do orgulho e deixar de lado as reações. Em outras palavras, é importante que você avalie os seus próprios comportamentos e aprenda a refletir por alguns segundos antes de decidir a melhor ação para o momento, deixando de lado as respostas automáticas, a ideia de culpa e julgamento.
A aplicação da CNV dá-se enxergando as coisas em quatro pilares bem simples, onde podemos melhorar a nossa comunicação, torná-la mais eficiente, ser mais bem compreendido e principalmente entender melhor o outro.
Para saber exatamente o que fazer, veja os passos da comunicação não violenta. Assim, você poderá aplicar no seu dia a dia:
1º Pilar: OBSERVAÇÃO
Olhe para dentro de si. Pense no fato que motivou o conflito. Procure limpar julgamentos e preconceitos. Então, olhe para a situação, sem uma opinião já formada sobre aquilo.
“Na vida, normalmente vemos uma situação que nos parece estranha e já formamos um julgamento sobre aquilo. Não nos aproximamos do objeto ou da situação, mas já criticamos aquilo com uma opinião”.
2º Pilar: SENTIMENTO
Perceba o que determinada situação gerou, provavelmente, um conflito. Ainda, veja quais sentimentos foram despertados em você.
Pergunte-se: “o que eu sinto quando lido com essa situação?” A partir da resposta, você começa a desenvolver o autoconhecimento e acha uma saída para solucionar o problema.
3º Pilar: NECESSIDADE
Levante qual é a sua necessidade. Ou seja, pense no que você precisa para resolver aquela situação. Da mesma forma, considere o outro. Coloque-se no lugar dele e tente entender o que o incomoda na situação.
Pratique a empatia, busque o significado desse pensamento que está vivo. Sempre, são opiniões e julgamentos diferentes sobre uma mesma situação que nos colocam num conflito.
4º Pilar: PEDIDO
Construa acordos, identificando quais capacidades e necessidades estão envolvidas naquela situação. Com gentileza, demonstre o quanto você entende o ocorrido e, principalmente, o lado dele.
No dia a dia do seu condomínio, conhecer os passos da comunicação não violenta é o primeiro passo para resolver os conflitos entre os vizinhos.
A Comunicação Não Violenta poderá ajudá-lo a lidar a se posicionar melhor nas questões de conflito. Ao se conectar mais com o outro, você também vai ajudar essa pessoa a enxergar a si própria.
Três ações práticas para voce aplicar a comunicação não violenta entre vizinhos no seu condomínio que trarão bons resultados para o seu convívio na coletividade.
Com comportamentos e atitudes simples e uma boa comunicação é possível ter uma relação saudável entre vizinhos.
Conflitos com a vizinhança são sempre desgastantes e, muitas vezes, acabam com a harmonia na convivência. Em casos extremos e que não são resolvidos com o diálogo, o assunto vai parar na Justiça. Para evitar essas situações, pense sobre essas sugestões de etiqueta entre vizinhos que ajudarão a manter uma relação civilizada e de respeito.
1) Colabore e zele pela limpeza, o ambiente também é seu lugar de habitação;
2) Cuidado com o excesso barulho, seu limite garante o sossego do outro;
3) Fique de olho e monitore as crianças e idosos;
4) Não abuse dos funcionários do condomínio uma hora voce precisará dele como amigo;
5) Seja sempre gentil e receberá de volta o mesmo.
Wellington Oliveira
Por Railany Cutrim
A dislexia é definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia têm grande incidência nas salas de aula. Manifesta-se no período de alfabetização. O indivíduo mesmo com a visão e inteligência normais, é incapaz de interpretar a linguagem escrita, o que resulta na dificuldade de leitura. Trata-se do principal distúrbio de aprendizagem acometendo de 5% a 17%da população mundial.
ESTUDO COMPARATIVO SOBRE O CONHECIMENTO DA DISLEXIA EM PROFESSORES DE 1° AO 4° ANO DA REDE PÚBLICA E PRIVADA
Por Railany Cutrim
A dislexia é definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia têm grande incidência nas salas de aula. Manifesta-se no período de alfabetização. O indivíduo mesmo com a visão e inteligência normais, é incapaz de interpretar a linguagem escrita, o que resulta na dificuldade de leitura. Trata-se do principal distúrbio de aprendizagem acometendo de 5% a 17%da população mundial.
Oficialmente a dislexia ainda é um distúrbio sem causa definida. As causas da dislexia, transtorno caracterizado pela dificuldade em transformar letras em sons, ainda são incertas. Atualmente é definida, de uma forma ampla, como uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico. Pesquisas recentes têm apontado a regiões cromossómicas que podem conter genes candidatos à dislexia. Mas para especialistas de diversos países, Estados Unidos e Inglaterra, o quadro ainda está longe de ser conclusivo. Os sintomas e alterações da dislexia podem ser linguísticos, psicológicos e neurológicos.
Os disléxicos apresentam muitas vezes disgrafia (letra feia); a discalculia, dificuldade na matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada; dificuldade com a memória de curto prazo e com a organização; dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequencias de tarefas complexas, compreender textos escritos ou ainda aprender uma segunda língua. Ouras características que se associa normalmente a dislexia é a presença de distúrbios associados, especialmente os chamados distúrbios instrumentais a déficits funcionais, em aspectos como o conhecimento do esquema corporal, lateralidade, organização perceptiva etc.
O diagnóstico da dislexia é feito por exclusão. O diagnostico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, que precisa descartar fatores como déficit intelectual, disfunção ou deficiência auditiva ou visual, lesões cerebrais (congênitas ou adquiridas) e desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar.
Após o diagnóstico positivo, o professor precisará estar preparado para lidar com os disléxicos e suas limitações, utilizar diversas estratégias no processo de ensino e aprendizagem do aluno disléxico.
É necessário que os educadores conheçam esse distúrbio para acolher a criança disléxica. Dedicar um pouco mais de tempo e atenção a este estudante, usar uma linguagem direta, clara e objetiva, falar olhando diretamente para ele, evitar submete-lo à pressão de tempo ou competição entre os colegas, colocá-lo sempre perto do professor para facilitar o diálogo e a orientação. (5,10)
No Brasil não há escolas especializadas em dislexias, embora algumas modifiquem o currículo para receber alunos com esse transtorno. è importante que professores possuam uma maior capacitação na área da dislexia, por que eles também precisam saber do que se trata esse transtorno. (6). São poucas as escolas preparadas para dar a atenção aos disléxicos.
É importante a identificação e compreensão dos problemas para todos os professores destas crianças: caso contraria, é muito comum que as crianças disléxicas sejam pejorativamente rotuladas de preguiçosas as ou estúpidas. Vemos muitos professores com programas, procedimento de ensino, mátrias de instrução totalmente inadequados e desestimulantes. Muitas das atividades em sala de aula são sem sentido para a criança e com isto as aprendizagens tornam-se difíceis e desestimulantes.
As escolas públicas por terem a precária formação do professor, a falta de infraestrutura das escolas da rede pública de ensino e a falta de interesse dos professores em se aperfeiçoar para trabalhar com estes alunos, os levam ao desanimo e vontade de largar tudo. Já as escolas privadas os professores apresentam uma melhor formação, assim apresentam um conhecimento mais aprofundado.
Não há cura para a dislexia, mas o distúrbio pode ser tratado com a ajuda de fonoaudiólogo e psicoterapeutas. O objetivo principal do tratamento reeducativo é solucionar as dificuldades, localizadas no diagnóstico, que impedem ou dificultam o desenvolvimento normal do processo de leitura. Segundo a fonoaudióloga Renata Mousinho, professora da UFRJN e doutora em Linguística, que coordena o Ambulatório de Transtorno de língua Escrita na UFRJ, a terapeuta é baseada em três pontos 1- desenvolvimento da consciência fonológica, ou seja, aprender a identificar o som e manipula-lo, 2- memória de trabalho fonológico-memória para sons: a pessoa ganha fluência para leitura, e assim a interpretação e a escrita melhoram e 3-acesso lexical, no qual a pessoa monta um banco de dados com muitas palavras, criando um dicionário mental. Ela destaca ainda o sucesso do tratamento vai depender de três pontos: apoio da família, participação da escola e tratamento especializado.
Entretanto, qualquer que seja a escolha da intervenção, o que deve ser enfatizado é que estas crianças, não só necessita de um investimento pedagógico para a estimulação de habilidades de aprendizagem, mas também o merece e, para a realização desse trabalho, o fonoaudiólogo deve conhecer as habilidades e as dificuldades apresentadas pelas crianças no processe diagnostico, como o objetivo de orientar a si mesmo ou aos professores para o tratamento adequado, visando ao desenvolvimento de estratégias que possibilitam a melhora no uso das habilidades e funções da linguagem e no desempenho dessa criança nas tarefas escolares, que exigem leitura e escrita, pois, somente por meio do trabalho com abordagem multiprofissional, que envolva a família, a escola e a criança, as dificuldades cognitivo-linguísticas da criança disléxica poderão ser superadas
Dessa forma, os objetivos dos presentes estudos foram comparar o conhecimento dos professores sobre a dislexia entre os professores de escolas públicas e privadas.
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo transversal com 16 professores de 1° ao 4° ano de escolas públicas e privadas no período de agosto a dezembro de 2009. Não foram incluídos no estudo os professores que ensinavam outras series e que recusaram participar da pesquisa. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário sobre o que dislexia, os critérios que os professores utilizam para classificar que uma criança é disléxica, qual a conduta que ele utiliza caso perceba que tem algum aluno com dislexia, como é a conduta deles dentro da sala de aula com uma criança disléxica e como adquiriu o conhecimento sobre a dislexia. Este questionário foi aplicado aos professores após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Uniceuma.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os questionários foram analisados em conjunto através de análise estatística que foi utilizada para comparar o conhecimento dos professores.
RESULTADOS
Foram selecionados 16 professores no total,8 professores das escolas públicas e 8 professores das escolas privadas, porém somente 4 da privada e 4 da escola pública responderam ao questionário. Devido a isso não pode ser usado o programa Epi Info.
Os resultados encontrados após as análises realizadas por meio do questionário demonstram que algumas escolas públicas ainda não estão preparadas para receber o aluno disléxico uma vez que o professor não teve uma formação acadêmica para trabalhar com este aluno. A escola não possui recursos didáticos adequados para o aprendizado deles. Nas escolas privadas apresentam um conhecimento mais aprofundado, possui uma boa infra-estrutura e bastante recursos didáticos para o desenvolvimento dessas crianças. (1)
Nas escolas privadas, a proporção de professores que afirmaram desconhecer a esse distúrbio é de 25%, nas escolas públicas este numero quase dobra, ou seja, 50% de professores alegaram desconhecer esse distúrbio.
Quando questionados sobre os critérios que eles utilizam para classificar se uma criança é disléxica, foi possível verificar que não houve diferença significante, apontando critérios semelhantes entre as escolas.
Com relação à conduta que os professores utilizam caso perceba que tem algum aluno com dislexia, foi possível verificar que, houve diferença significante. Nas escolas privadas 75% dos professores encaminham para a psicopedagogo, da escola, 25% encaminham para psicóloga e psicopedagogo da escola. Nas escolas públicas 75% conversam com os pais e 25% encaminham para a psicopedagogo da escola, apontando assim que as escolas privadas apresentam uma melhor conduta em relação às escolas públicas.
Em relação à comparação sobre a conduta em sala de aula com uma criança disléxica, foi possível verificar que houve diferença significante nas escolas privadas 75% sentam o aluno na frente e no centro, escreve de forma clara e espaçada e diversifica as atividades avaliativas, 25% exige concentração e o uso de cartazes, figuras e filmes.
Nas escolas públicas 75% dos professores exigem concentração e usa cartazes, figuras e material criativo e 25% escreve de forma clara e espaçada e usa material criativo.
Em relação de como os professores adquiriram o conhecimento sobre dislexia, foi possível verificar que houve diferença significante. Nas escolas privadas 75% dos professores adquiriram conhecimento por cursos e palestras que a própria escola elaborou, e 25% por livros e internet. Nas escolas públicas 75 % adquiriram por livros e internet e 25 % por cursos.
DISCUSSÃO
A dislexia é uma dificuldade inesperada na aprendizagem de leitura, escrita e soletração. Inesperada significa que não há qualquer razão óbvia para a dificuldade, como por exemplo, escolarização inadequada, lesão cerebral adquirida ou Q.I geral abaixo. É um distúrbio de alta frequência, cuja incidência e estimulada visualmente com variado de 5% a 10%, embora a frequência altas com 20% a 30% tenham sido relatados.
Os resultados deste estudo revelaram que os professores das escolas públicas apresentaram menos preparo e formação que os das escolas privadas. É necessário que os educadores conheçam esse distúrbio para acolher a criança disléxica.
Desta forma o que o estudo evidenciou é que muitos professores apresentam procedimentos e condutas totalmente inadequados. Muitas atividades em sala e aula tornam-se difíceis e desestimulantes.
Os achados deste estudo vão de encontro de literaturas, tendo evidenciado que as escolas públicas por terem precária formação de professores, falta de infraestrutura e falta de interesse dos professores em se aperfeiçoar com estes alunos os
levaram ao desanimo e vontade de largar tudo. Já nas escolas privadas os professores apresentam melhor formação e levam ao melhor desenvolvimento destas crianças.
Railany Cutrim
Por Wellington Oliveira (Analista Comportamental e Coach)
A convivencia geram muitos estresses cotidianos e é comum que a troca de informações gere muita incomunicação por falta de clareza e interpretações incorretas. Esse clima de desconforto pode levar a comportamentos agressivos e brigas desnecessárias.
Convivendo em conjunto, as discordâncias são inevitáveis. As pessoas pensam diferente, têm histórias e contextos específicos. E não há outra forma de resolver conflitos se não por meio da conversa, respeitando o outro e sua visão.
Por Wellington Oliveira (Analista Comportamental e Coach)
A convivencia geram muitos estresses cotidianos e é comum que a troca de informações gere muita incomunicação por falta de clareza e interpretações incorretas. Esse clima de desconforto pode levar a comportamentos agressivos e brigas desnecessárias.
Convivendo em conjunto, as discordâncias são inevitáveis. As pessoas pensam diferente, têm histórias e contextos específicos. E não há outra forma de resolver conflitos se não por meio da conversa, respeitando o outro e sua visão.
Outra maneira de eliminarmos os conflitos de convivência é acabando com a incomunicação. Para tentar controlar esses ânimos e ajudar a encontrar harmonia da comunicação na vida e é importante que mediadores administrem e estimulem a comunicação não violenta.
No geral, constantemente somos alvos de conflitos, como se fossemos os únicos culpados por todos as situações desagradáveis do cotidiano, e, a abordagem da comunicação não violenta pode nos ajudar a lidar com as situações e buscar a solução de conflitos de forma inteligente auxiliando na formação de conexões mais assertivas com as pessoas que convivemos.
Para que a comunicação tenha o efeito esperado, ela precisa ser clara. Se comunicar não é apenas passar uma informação para frente, mas sim conseguir falar e ser entendido.
Veja que um um simples termo pode trazer consigo inúmeras interpretações. O muito bom para um não é o mesmo para outro.
Assim como no dia a dia, a interpretação em um diálogo sem muita clareza pode atrapalhar o bem estar no convívio entre vizinhos e colegas de trabalho.
E por fim, a técnica da Comunicação Não Violenta (CNV) pode nos ajudar a resolver conflitos para vivermos de forma harmoniosa em geral nos vários níveis de relação.
Muita gente pratica essa metodologia conhecida no mundo inteiro, que nasceu nos Estados Unidos em 1970, pelas mãos do psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg.
O que isso tem a ver com conosco? Tudo! é a resposta correta.
A comunicação não violenta pode ajudar em uma situação de conflito no dia a dia!
O que é Comunicação Não Violenta (CNV)?
Comunicação não violenta (CNV) é um método criado a partir das pesquisas do psicólogo Marshall Rosenberg na década de 1960.
A principal ideia por trás desse conceito é o desenvolvimento da fala e da escuta de maneira mais consciente, assim como a observação dos comportamentos, para que o diálogo ocorra com mais empatia e respeito.
Por essa razão, você pode encontrar também essa metodologia pelos nomes “comunicação empática” ou de “linguagem não violenta”.
Contudo, essa descrição é apenas um resumo do que é comunicação não violenta. Para entender mais sobre CNV e mergulhar de cabeça nos conceitos, é fundamental ler o livro “Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos de convivência e compartilhamento de espaços pessoais e profissionais”, de Rosenberg.
Podemos dizer que a CNV se baseia em estarmos conscientes das nossas necessidades e a das outras pessoas, com a finalidade de falar sem agredir e ouvir sem se ofender.
Além disso, a comunicação não violenta promove maior profundidade no escutar, fomenta o respeito, a empatia e provoca o desejo mútuo de nos conectarmos verdadeiramente com o outro.
A CNV tem uma série de finalidades e aplicações, como você já pode supor com base no que descrevemos até aqui. Para utilizar esse método, basta adaptá-lo ao contexto desejado.
Veja, a seguir, uma lista com os principais objetivos da comunicação não violenta:
A CNV atua justamente para modular o tom da nossa comunicação e pode ser usada como ferramenta nas mais diversas situações – ambiente familiar, corporativo, acadmico, diplomático e também no condomínio – e por qualquer pessoa. Ou seja, onde houver gente, essa ferramenta pode ser aplicada.
Para isso, é importante se despir do orgulho e deixar de lado as reações. Em outras palavras, é importante que você avalie os seus próprios comportamentos e aprenda a refletir por alguns segundos antes de decidir a melhor ação para o momento, deixando de lado as respostas automáticas, a ideia de culpa e julgamento.
A aplicação da CNV dá-se enxergando as coisas em quatro pilares bem simples, onde podemos melhorar a nossa comunicação, torná-la mais eficiente, ser mais bem compreendido e principalmente entender melhor o outro.
Para saber exatamente o que fazer, veja os passos da comunicação não violenta. Assim, você poderá aplicar no seu dia a dia:
1º Pilar: OBSERVAÇÃO
Olhe para dentro de si. Pense no fato que motivou o conflito. Procure limpar julgamentos e preconceitos. Então, olhe para a situação, sem uma opinião já formada sobre aquilo.
“Na vida, normalmente vemos uma situação que nos parece estranha e já formamos um julgamento sobre aquilo. Não nos aproximamos do objeto ou da situação, mas já criticamos aquilo com uma opinião”.
2º Pilar: SENTIMENTO
Perceba o que determinada situação gerou, provavelmente, um conflito. Ainda, veja quais sentimentos foram despertados em você.
Pergunte-se: “o que eu sinto quando lido com essa situação?” A partir da resposta, você começa a desenvolver o autoconhecimento e acha uma saída para solucionar o problema.
3º Pilar: NECESSIDADE
Levante qual é a sua necessidade. Ou seja, pense no que você precisa para resolver aquela situação. Da mesma forma, considere o outro. Coloque-se no lugar dele e tente entender o que o incomoda na situação.
Pratique a empatia, busque o significado desse pensamento que está vivo. Sempre, são opiniões e julgamentos diferentes sobre uma mesma situação que nos colocam num conflito.
4º Pilar: PEDIDO
Construa acordos, identificando quais capacidades e necessidades estão envolvidas naquela situação. Com gentileza, demonstre o quanto você entende o ocorrido e, principalmente, o lado dele.
No dia a dia, conhecer os passos da comunicação não violenta é o primeiro passo para resolver os conflitos.
A Comunicação Não Violenta poderá ajudá-lo a lidar a se posicionar melhor nas questões de conflito. Ao se conectar mais com o outro, também vai ajudar essa pessoa a enxergar a si própria.
Tres ações práticas para voce aplicar a comunicação não violenta que trarão bons resultados para o seu convívio na coletividade.
Poucas pessoas sabem que o uso da comunicação não violenta em qual quer ambiente, inclusive no condominio entre vizinhoa ou sindicos e condominos, pode diminuir ou até mesmo evitar todo esse estresse, gerando mais proximidade entre as pessoas e maior compreensão do que é dito e como crédito os muitos beneficios de uma comunicação saudável.
Vantagens da utilização da CNV no ambiente de convivência ou trabalho:
Com pessoas mais empáticas, a comunicação verbal ou escrita, mantêm uma relação mais aberta, sincera e livre de preconceitos, julgamentos ou conflitos desnecessários.
A CNV faz o foco mudar fazendo com que as partes deixem de lado a agressividade e se concentrem em manter uma mais consisa e muito mais precisa. Dessa forma, existe mais espaço para as pessoas cultivarem relacionamentos muito mais saudáveis e agradaveis em todos os níveis.
Quem faz uso da CNV cria uma nova característica de aceitação para com as falhas das outras pessoas sem questionar, elas não se comportam mais com indiferença e deixam de ser crítica. Passando assim, expressar suas opiniões e definir limites, respeitando as outras pessoas, fazendo com que os relacionamentos sejam duradouros.
Qualquer ambiente onde ha um aglomerado de pessoas pode ser desafiador por conta da variedade de personalidades que podem existir em um único lugar. Nesse caso, fazer uso da comunicação não violenta é a chave para evitar suposições ou mal entendidos, já que agora a mensagem será clara e objetiva, sem ruídos. Uma boa comunicação é a solução para qualquer situação que envolva todo tipo de conflito.
Ter honestidade consigo mesmo e com o próximo é uma das atitudes geradas por quem aplica a CNV. E em um ambiente que pratica a comunicação não violenta, as pessoas estão abertas para ouvir sem julgamentos. Portanto, nesse cenário não é preciso ter receio de ser uma pessoa honesta e expressar seus anseios e desejo de escuta.
CONCLUINDO:
Para que a comunicação não violenta seja praticada, é preciso se conectar melhor consigo mesmo e desenvolver ações que agreguem na sua tomada de consciência interna. Ou seja, aquilo que acontece e sente dentro de você.
Após essa transformação de consciência, é preciso considerar aquilo que ocorre com e no outro — praticando a empatia.
Assim, você consegue se preparar para resolver o que vier ao seu encontro. Rosenberg ainda explica em seu livro que é preciso se concentrar nos quatro principais componentes de que falamos para que a comunicação seja clara para todos. Isso em vários setores da vida.
Com comportamentos e atitudes simples e uma boa comunicação é possível ter uma relação saudável entre colegas do trabalho e vizinhança.
Conflitos com a vizinhança ou colegas de trabalho são sempre desgastantes e, muitas vezes, acabam com a harmonia na convivência. Em casos extremos e que não são resolvidos com o diálogo, o assunto vai parar na Justiça. Para evitar essas situações, pense sobre essas sugestões de etiqueta entre vizinhos e colegas no ambiente de trabalho que ajudarão a manter uma relação civilizada e de respeito.
1) Colabore e zele para que se tenha um ambiente harmonioso no seu lugar de convívio;
2) Cuidado com o excessos, seu limite garante o sossego do outro;
3) Fique de olho, apoie e monitore as pessoas ao redor;
4) Não abuse das pessoas, pois uma hora voce precisará dele como amigo(a);
5) Seja sempre gentil e receberá de volta o mesmo.
É muito importante compreender que a comunicação não violenta é uma mudança de mentalidade e de hábitos. Deve ser exercitada diariamente. Os benefícios de aplicar as técnicas são muitos, e estabelecem uma comunicação honesta e transparente para todos os envolvidos.
É muito importante estar conectado consigo mesmo e observar internamente primeiros os sentimentos e necessidades para então, conseguir fazer o mesmo pelo outro.
Quando perceber que alguém está se comunicando de forma violenta, tenha em mente que a violência foi aprendida e pode ser desaprendida, e que as necessidades do outro naquele momento não estão sendo resolvidas.
Rosenberg explica que tudo começa na empatia. É preciso identificar as dores do outro de forma genuína. O intuito na CNV, é, poder expressar os sentimentos sem que tudo se transforme em briga de egos.
A tecnologia pode ser uma grande aliada na resolução dos confrontos.
Uma vez que a comunicação deve ser clara e transparente e com uma comunicação efetiva onde todos possam fazer suas considerações. Lembrando que os mediadores dessas soluções deve estar bem treinadas para atender os pares com gentileza, tirando dúvidas e resolvendo problemas da maneira mais simplificada possível.
Wellington Oliveira
Por Railany Cutrim
A neurociência da aprendizagem, em termos gerais, é o estudo de como o cérebro aprende. O artigo constitui-se num estudo de produção teórica, realizado através da metodologia de revisão bibliográfica, que mostra a grande influência da neurociência para o processo de aprendizagem, o conhecimento por parte de profissionais ligados a educação e a aprendizagem em geral. O objetivo deste artigo é discutir teoricamente a influência da neurociência para aprendizagem. Acredito que através da compreensão dos estudos realizados em livros e periódicos que tratem desse tema, proporcione um esclarecimento maior sobre a questão, de modo a oferecer melhoria no desempenho profissional.
INFLUÊNCIA DA NEUROCIÊNCIA NA APRENDIZAGEM
Railany Cutrim – Fonoaudióloga e Graduanda de especialização em Neuroeducação
RESUMO
A neurociência da aprendizagem, em termos gerais, é o estudo de como o cérebro aprende. O artigo constitui-se num estudo de produção teórica, realizado através da metodologia de revisão bibliográfica, que mostra a grande influência da neurociência para o processo de aprendizagem, o conhecimento por parte de profissionais ligados a educação e a aprendizagem em geral. O objetivo deste artigo é discutir teoricamente a influência da neurociência para aprendizagem. Acredito que através da compreensão dos estudos realizados em livros e periódicos que tratem desse tema, proporcione um esclarecimento maior sobre a questão, de modo a oferecer melhoria no desempenho profissional.
Palavras-chaves: neurociência, aprendizagem e educação
A neurociência é uma ciência jovem, ela tem cerca de 150 anos de idade mais ou menos. Mas nesse pouco tempo, nos já entendemos várias coisas de como o cérebro funciona, como ele se desenvolve, como ele se forma e como ele faz de nós o que nós somos. Ninguém precisa ser neurocientista ou entender em detalhes como o cérebro funciona para entender o nosso dia a dia, ou para aprender, para ir à escola. . Mas nós sabemos hoje que o conhecimento sobre a neurociência do cotidiano, como o cérebro funciona em nossas vidas, principalmente na escola, no nosso caso, a vida se torna mais interessante, e muitas coisas ficam mais fáceis.
Conceitos como neurônio, sinapses, sistemas atencionais,(que viabilizam o gerenciamento da aprendizagem), mecanismos mnemônicos( fundamentais para o entendimento da consolidação das memórias), neurônios espelhos, que possibilitam a espécie humana progressos na comunicação, compreensão e no aprendizado e plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento de que o cérebro continua a desenvolver-se, a aprender e a mudar não mais estarão sendo discutidos apenas por neurocientistas, como até então imaginávamos.
O professor precisa compreender que existe uma biologia, uma anatomia e uma fisiologia neste cérebro que aprende, tornando-se necessário, portanto, que o professor entenda o funcionamento do substrato neurobiológico para que possa ressignificar sua pratica pedagógica.
O objetivo maior deste artigo não consiste em detalhar essas bases neurobiológicas da aprendizagem, mas fazer uma reflexão com os profissionais ligados à educação e a aprendizagem em 2
geral, sobre a importância de se conhecer essas bases como interfaces da aprendizagem, afinal, o cérebro, é, por excelência, o órgão onde se forma a cognição, o órgão mais organizado do nosso organismo.(MORIN,1996).
Relvas(2009) alerta para a importância, por parte do educador, acerca do conhecimento das estruturas cerebrais como “interfaces” da aprendizagem para a ininterrupção do desenvolvimento também biológico. E, de como, este conhecimento dos estudos da neurobiologia vêm contribuindo para as práxis em sala de aula, na compreensão das dimensões cognitivas, motoras, afetivas e sociais, no redimensionamento do sujeito aprendente e nas suas formas de interferir nos ambientes pelos quais perpassa.
Estarão agora, na verdade, em sala de aula, no dia a dia do educador, pois, uma nova visão de aprendizagem está a se delinear. O fracasso e insucesso escolar têm hoje um novo olhar, já que uma nova e fascinante gama de informações e conhecimento está a disposição do educador moderno.
A neurociência se constitui assim em atual e uma grande aliada do professor para poder identificar o individuo como ser único, pensante, atuante, que aprende de uma maneira toda sua, única e especial.
Desvendando os mistérios que envolvem o cérebro na hora da aprendizagem, a neurociência disponibiliza, ao moderno professor (neuroeducador), impressionantes e sólidos conhecimentos sobre como se processam a linguagem, a memória, o esquecimento, o humor, o sono, a atenção, o medo, como incorporamos o conhecimento, o desenvolvimento infantil, as nuances do desenvolvimento cerebral desta infância e os processos que estão envolvidos na aprendizagem acadêmica. Logo, um vasto campo de preciosas informações relacionadas ao aluno e ao processo de absorção da aprendizagem a ele proporcionada.
Tornamos posse desses novos e fascinantes conhecimentos é imprescindível e de fundamental importância para uma pedagogia moderna, ativa, contemporânea, que se mostre atuante e voltada ás exigências do aprendizado em nosso mundo globalizado, veloz, complexo e cada vez mais exigente.
A neurociência é uma ciência recente que estuda o sistema nervoso central bem como sua complexidade, através de bases científicas, dialogando também com a educação, através de uma nova subárea, a neurodidática ou neuroeducação. Este ramo novo da ciência estuda educação e cérebro, entendendo este último como um órgão “social”, passível de ser modificado pela prática pedagógica (RELVAS,2009)
Os avanços e descobertas na área da neurociência ligada ao processo de aprendizagem é sem dúvida, uma revolução para o meio educacional. A neurociência da aprendizagem, em termos gerais, é 3
o estudo de como o cérebro aprende. É o entendimento de como as redes neurais são estabelecidas no momento da aprendizagem, bem como de que maneira os estímulos chegam ao cérebro, da forma como as memórias se consolidam, e de como temos acesso a essas informações armazenadas.
Quando falamos em educação e aprendizagem, estamos falando em processos neurais, redes que se estabelecem, neurônio que se ligam e fazem novas sinapses. E o que entendemos por aprendizagem? Aprendizagem, nada mais é do que esse maravilhoso e complexo processo pela qual o cérebro reage aos estímulos do ambiente, ativa essas sinapses (ligações entre os neurônios por onde passam os estímulos), tornando-os mis “intensas”. A cada estimulo novo, a cada repetição de um comportamento que queremos que seja consolidado temos circuitos que processam as informações, que deverão ser então consolidadas.
A aprendizagem, portanto, é o processo em virtude do qual se associam coisas ou eventos no mundo, graças à qual adquirimos novos conhecimentos. Denominamos memória o processo pelo qual conservamos esses conhecimentos ao longo do tempo. Os processos de aprendizagem e memória modificam o cérebro e a conduta do ser vivo que os experimenta (MORA,2004)
A neurociência nos vem descortinar o que antes desconhecíamos sobre o momento da aprendizagem. O cérebro, esse órgão fantástico e misterioso, é matricial nesse processo do aprender. Suas regiões, lobos, sulco, reentrâncias tem sua função e real importância num trabalho em conjunto, onde uma precisa e interage com o outro.
Podemos compreender, desta forma que o uso de estratégias adequadas em um processo de ensino dinâmico e prazeroso provocará consequentemente, alterações na quantidade e qualidade destas conexões sinápticas, afetando assim o funcionamento cerebral, de forma positiva e permanente, com resultados extremamente satisfatórios.
Outra grande descoberta da neurociência é que através de atividades prazerosas e desafiadoras o “disparo” entre as células neurais acontece mais facilmente: as sinapses se fortalecem e redes neurais se estabelecem com mais facilidades.
O conteúdo antes desestimulante e repetitivo para o aluno e professor ganha uma nova roupagem: agora propicia novas descobertas, novos saberes, é dinâmico e flexível, plugado em uma era informatizada onde a cada momento novas informações chegam ao mundo desse aluno. Professor e aluno interagem ativamente, criam, viabilizam possibilidades e meios de fazer esse saber, construindo juntos a aprendizagem.
A cognição é um construtor de várias habilidades que se integram com o objetivo comum de “solucionar problemas inéditos” apresentados pelo meio. Muitos a consideram como principal preditor 4
de capacidade de aprendizagem. Os processos cognitivos superiores envolvidos em organizar e monitorar o pensamento e o comportamento são conhecidos como” funções executivas”. Há um grande dinamismo e plasticidade na cognição, que deve ser aperfeiçoada através de treino e meditação adequada (aprendida/ensinada).
Segundo Posner e Raichle (2001), os sistemas cognitivos são aqueles sistemas mentais que regem as atividades diárias do ser humano-como ler, escrever, conversar, planejar, reconhecer rostos. Alguns sistemas comportam outros sistemas, agregando complexidade na geração de um comportamento.
O sistema cognitivo da linguagem, por exemplo, envolve falar, ler e escrever, ativando diferentes estruturas cerebrais. Esses diferentes sistemas cognitivos têm como base distintas operações mentais: uma data tarefa mental, como jogar xadrez, pode ativar diferentes operações mentais, as quais estão relacionadas a redes neurais de áreas cerebrais especificas.
Acrescentam-se a essas proposições a visão de Moraes (2004), para quem a aprendizagem progride mediante fluxos dinâmicos de trocas, análises e sínteses autorreguladoras cada vez mais complexas, ultrapassando o acúmulo de informações e sendo reconstruída, via transformação, por meio de mudanças estruturais advindas de ações e interações provocadas por perturbações a serem superadas.
Para Fonseca (2007) cognição é sinônimo de “ato ou processo de conhecimento.” Ou algo que é conhecido através dele e funções cognitivas seriam o processo de adquiri algo que é conhecido através dele,e, funções cognitivas seriam os processos mentais que nos permitem pensar, raciocinar e resolver problemas. As principais funções cognitivas seriam: atenção, percepção, memória, linguagem e funções executivas.
É apartir da relação entre todas estas funções que entendemos a grande maioria dos comportamentos, desde os mais simples até as situações de maior complexidade, exigindo atividades cerebrais mais elaboradas, onde a educação cognitiva torna-se crucial para a escola regular, a sua sobrevivência como sistema de formação de recursos humanos em qualquer grau ou nível requer um currículo cognitivo enfocado para o desenvolvimento de funções que estão na origem de processos de aprendizagem simbólicos e superiores, pois ele não só melhora a cognição, como melhora a motivação para aprender.
Aprender, portanto, envolve a simultaneidade da integridade neurobiológica e a presença de um contexto social facilitador, portanto, o ensino de competência cognitivas ou o seu enriquecimento não deve continuar a ser ignorado pelo sistema de ensino, ora assumindo que tais competências não podem ser ensinadas ou ora assumindo que elas não precisam ser ensinadas. 5
Segundo Fonseca (2007), desenvolver o potencial de aprendizagem com programas de enriquecimento cognitivo não é uma futilidade, na medida em que o potencial não se desenvolve no vazio, nem apenas por instrução convencional; para que ele se desenvolva é preciso que seja estimulado e treinando intencionalmente.
A escola deve e pode, portanto, ensinar funções cognitivas que estão na base de aprendizagem, simbólicas ou não. Fonseca (2007) conclui afirmando que a educação cognitiva deve ser um componente prioritário e não acessória da educação.
4.EMOÇÃO E APRENDER
Ela interfere no processo de retenção da informação
As emoções desempenham um papel decisivo na aprendizagem. Posner e Raichle(2001), retomando os estudos de Friedrich e Preiss, lembram que o sistema límbico, formado por tálamo, amígdala, hipotálamo e hipocampo, avalia as informações, decidindo que estímulos devem ser mantidos ou descartados, dependendo a retenção da informação no cérebro da intensidade da impressão provocada nele. A consciência da experiência vivenciada, é atingida quando, ao passar pelo córtex cerebral, comparara-se a experiência com reflexões anteriores. Assim, quando conseguimos estabelecer uma ligação entre a informação nova e a memória preexistente, são liberadas substâncias neurotransmissoras – como a acetilcolina e a dopamina- que aumentam a concentração e geram satisfação.
É dessa maneira que a emoção e motivação influenciam a aprendizagem. Os sentimentos, intensificando a atividade das redes neuronais e fortalecendo suas conexões sinápticas, podem estimular a aquisição, a retenção, a evocação e a articulação das informações no cérebro. Diante desse quadro, os autores defendem a importância de contextos que ofereçam aos indivíduos os pré-requisitos necessários a qualquer tipo de aprendizado: interesse, alegria e motivação. Conforme Lent,”a razão é fortemente relacionada com a emoção. De um modo ou de outro, nossos atos e pensamentos são sempre influenciados pelas emoções”(Lent,2001).
Os pesquisadores Larry Cahil e james McGaugh, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicaram nos anos 1990 os resultados de estudos em que foram mostradas duas séries de imagens a pessoas. Uma tinha um caráter emocional e outra era neutra. O grupo teve uma recordação maior das emotivas. Por meio de um tomógrafo, foi observada a relação entre a ativação da amígdala(parte importante do sistema emotivo do cérebro) e o processo de formação da memória. ”quanto mais emoção contenha determinado evento, mais ele será gravado no cérebro”, diz Iván Izquierdo, médico, neurologista e coordenador do Centro de Memória da Pontifícia Universidade católica do rio Grande do Sul( PUC-RS).
A Emoção, para Piaget 6
“O psicólogo valoriza o termo afetividade, em vez de emoção, e diz que ele influência positiva ou negativamente os processos de aprendizagem, acelerando ou atrasando o desenvolvimento intelectual. ”
A emoção, para Vygotsky
“ Para compreender o funcionamento cognitivo (razão ou inteligência), é preciso entender o aspecto emocional. Os dois processos são uma unidade: o afeto interfere na cognição, e vice-versa. A própria motivação para aprender está associada a uma base afetiva. ”
A emoção, para Wallon
“ O pesquisador defende que a pessoa é resultado da integração entre afetividade, cognição e movimento. O que conquistado em um desses conjuntos interfere nos demais. O afetivo, por meio de emoções, sentimentos e paixões, sinaliza como o mundo interno e externo nos afeta. Para Wallon, que estudou a afetividade geneticamente, os acontecimentos á nossa volta estimulam tanto os movimentos do corpo quanto a atividade mental, interferindo no desenvolvimento”.
Implicações na Educação
O professor, ao observar as emoções dos estudantes, pode ter pistas de como pó meio escolar os afeta se está instigando emocionalmente ou causando apatia por ser desestimulante. Dessa forma, consegue reverter um quadro negativo, que não favorece a aprendizagem
5.MOTIVAÇÂO E APRENDIZAGEM
Ela é necessária para aprender
“ Da mesma forma que sem fome não aprendemos a comer e sem sede não aprendemos a beber água, s3m motivação não conseguimos aprender”, afirma Iván Izquierdo. Estudos comprovam que no cérebro existe um sistema dedicado á motivação e a recompensa. Quando o sujeito é afetado positivamente por algo, a região responsável pelos centros de prazer produz uma substância chamada dopamina. A ativação desses centros gera bem-estar, que mobiliza a atenção da pessoa e reforça o comportamento dela em relação ao objeto que o afetou. A neurologista Suzana Herculano-Houzel, explica que tarefas muito difíceis desmotivam e deixam o cérebro frustrado, sem obter prazer do sistema de recompensa. Por isso são abandonadas, o que também ocorre com as fáceis.
A motivação, para Piaget
“É a procura por respostas quando a pessoas está diante de uma situação que ainda não consegue resolver. A aprendizagem ocorre na relação entre o que ela sabe e o que o meio físico e social 7
oferece. Sem desafios, não há por que buscar soluções. Por outro lado, se a questão for distante do que se sabe, não são possíveis novas sínteses. ”
A motivação, para Vygotsky
“ A cognição tem origem na motivação, mas ela não brota espontaneamente, como se existissem algumas crianças com vontade- e naturalmente motivadas – e outras sem. esse impulso para agir em direção a algo é também culturalmente modulado. O sujeito aprende a direciona-lo para aquilo que quer, como estudar. ”
A motivação, para Ausubel
Essa disposição está diretamente relacionada às emoções suscitadas pelo contexto. Pela perspectiva de Ausubel, o prazer, mais do que o eu estar na situação de ensino ou medição, pode fazer parte do próprio ato de aprender. Trata-se da sensação boa que a pessoa tem quando se percebe capaz de explicar certo fenômeno ou de vencer um desafio usando apenas o que já sabe. Com isso, acaba motivada para continuar aprendendo sobre o tema.
Implicações na educação
A escola deve ser um espaço que motive e não somente que se ocupe em transmitir conteúdo. Para que isso ocorra, o professor precisa propor atividades que os alunos tenham condições de realizar e que despertem a curiosidade deles e os faça avançar. É necessário levá-los a enfrentar desafios, a fazer perguntas e procurar respostas.
6.ATENÇÃO E APRENDIZAGEM
Ela é fundamental para a percepção e para aprendizagem
Pesquisam comportamentais e neurofisiológicas mostram que o sistema nervoso central só processa aquilo a que está atento. Em um estudo de Gilberto Fernando Xavier e André Frazão Helene, do Instituto de Biociência da USP, publicado em 2006 na revista Neurociência, um grupo de pessoas passou por um teste que avalia o desenvolvimento da habilidade de leitura de palavras espelhadas. Uma parte delas treinou escrever, de maneira imaginária, palavras invertidas.
Outra pôde ler termos desse tipo. Depois, ambas conseguiram ler com rapidez palavras espelhadas criadas pelos pesquisadores. Um terceiro grupo, enquanto treinava a leitura e a escrita de termos espelhados, realizou outra tarefa de memorização visual. Tanto a memorização quanto a aquisição da habilidade de leitura invertida ficaram prejudicadas. Assim, comprovaram que, se o desvio de atenção é significativo, a aquisição de habilidade e a memorização sofrem prejuízo.
A Atenção, para Piaget 8
“De acordo com o psicólogo, prestamos atenção porque entendemos, ou seja, porque o que está sendo apresentado tem significado e representa uma novidade. Se há um desafio e se for possível estabelecer uma relação entre esse elemento novo e o que já se sabe, a atenção é despertada. ”
A Atenção, para Ausubel
“ A mente é seletiva. Segundo Ausubel, só reconhecemos nos fenômenos que acontecem a nossa volta aquilo que o nosso conhecimento prévio nos permite perceber. Não hesitamos, por exemplo, em interromper uma atividade quando sentimos um cheiro da fumaça no ambiente. Conhecer padrões é fundamental para se dedicar, agir e aprender sobre o que importa. ”
A Atenção, para Vygotsky
“ No decorrer do processo de desenvolvimento, a atenção passa de automática para dirigida, sendo orientada, sendo orientada de forma intencional e estreitamente relacionada com o pensamento. Ou seja, ela sofre influência dos símbolos de um meio cultural, que acaba por orienta-la. Atenção e memória se desenvolvem de modo interdependente, num processo de progressiva intelectualização. ”
Implicações na educação
Falta de atenção não é sinônimo de indisciplina ou de desinteresse por parte das crianças. Ela pode ser decorrente de um meio desestimulante ou de situações inadequadas à aprendizagem. Para evitar isso, o professor deve focar a interação entre ele, o saber e o aluno, refletindo sobre as atividades propostas e modificando-as se necessários.
7.MEMÓRIA E APRENDIZAGEM
Ela é mais efetiva na associação com um conhecimento já adquirido.
A ativação de circuitos ou redes neurais se dá em sua maior parte por associação: uma rede é ativada por outra e assim sucessivamente. Quanto mais frequente isso acontece, mais estáveis e fortes se tornam as conexões sinápticas e mais fácil é a recuperação da memória. Isso se dá por repetição da informação ou, de forma mais eficaz, pela associação de novo dado com conhecimentos já desenvolvidos. “ Podemos simplesmente decorar uma nova informação, mas o registro se tornará mais forte se procuramos criar ativamente vínculos e relações daquele conteúdo com o que já está armazenado em nosso arquivo de conhecimentos”, afirmam os médicos e doutores em Ciência do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade federal de Minas Gerais(UFMG) Ramon M.Cosenza e Leonor B. Guerra no livro Neurociência e educação: Como Cérebro Aprende.
A Memória, para Vygotsky 9
“uma criança pequena constrói memórias por imagens, associando uma a outra. No decorrer do desenvolvimento, ela passa a fazer essa relação conceitualmente, pela influência e pelo domínio da linguagem – o componente cultural mais importante. Com isso, passa de uma memória mais apoiada nos sentidos para outra mais escorada na linguagem. Portanto, a memória relacionada às aprendizagens escolares é uma função psicológica que vai se definido durante o desenvolvimento.
A memória, para Ausubel
“Aprendemos com base no que já sabemos. Essa premissa é central na teoria da Aprendizagem Significativa, de Ausubel. É preciso diferenciar memória de aprendizagem significativa. A primeira é a capacidade de lembrar algo. Já a segunda envolve usar o saber prévio em novas situações – um processo pessoal e intencional de construção de significados com base na relação com o meio (social e físico).”
A memória, para Wallon
“ O pressuposto da psicogenética walloniana é que somos seres integrados: afetividade, cognição e movimento. Portanto, informações e acontecimentos que nos afetam e fazem sentido para nós ficam retidos na memória com mais facilidade. Como a construção de sentido passa pela afetividade, é difícil reter algo novo quando ele não nos afeta. ”
Implicações na Educação
Aprender não é só memorizar informações. É preciso saber relacioná-las, ressignifica-las e refletir sobre elas. É tarefa do professor, então, apresentar bons pontos de ancoragem, para que os conteúdos sejam aprendidos e fiquem na memória, e dar condições para que o aluno construa sentido sobre o que está vendo em sala.
8.PLASTICIDADE CEREBRAL
O cérebro se modifica em contato com o meio durante toda a vida.
A plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformando as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente.
A interferência do ambiente no sistema nervoso causa mudanças anatômicas e funcionais no cérebro. Assim, a quantidade de neurônios e as conexões entre eles (sinapses)mudam dependendo das experiências pelas quais se passa. Antes, acreditava-se que as sinapses formadas na infância permaneciam imutáveis pelo resto da vida, mas há indícios que não é assim.
Nos anos 1980, um estudo pioneiro do neurocientista norte-americano Michael Merzenich, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, demonstrou que o cérebro de macacos adultos se 10
modifica depois da amputação de um dos dedos a mão. A perda do membro provocava atrofia dos neurônios da região responsável pelo controle motor do dedo amputado. Porém ele observou também que essa área acabava sendo ocupada pelos neurônios responsáveis pelo movimento do dedo ao lado.
A influência do meio, para Vygotsky
“A cognição se constitui pelas experiências sociais, e a importância do ambiente nesse enfoque é fundamental. À medida que aprende, a criança – e seu cérebro – se desenvolve. A ideia é oposta à da maturação, de acordo com a qual se deve aguardar que ela atinja uma prontidão para poder ensina-la.”
A influência do meio, para Wallon
“ A relação complementar e recíproca entre os fatores orgânicos e socioculturais está presente em todas as análises de wallon. Para ele, a criança nasce com um equipamento biológico, mas vai se constituir no meio social, que tanto pode favorecer seu desenvolvimento como tolhê-lo. ”
A influência do meio, para Piaget
“ Para o estímulo provocar certa resposta, é necessário que o indivíduo e seu organismo sejam capazes de fornecê-la. Por isso, não basta ter um meio provocativo se a pessoa não participar dele, ou como complementaria o teórico, se ela for incapaz de se sensibilizar com os estímulos oferecidos e reagir a eles. A aprendizagem, portanto, não é a mesma para todos, e também difere de acordo com os níveis de desenvolvimento de cada um, pois há domínios exigidos para que seja possível construir determinados conhecimentos. ”
Implicações na Educação
O aluno deve ser ativo em suas aprendizagens, mas cadê ao professor propor, orientar e oferecer condições para que ele exerça suas potencialidades. Para isso, deve conhecê-lo bem, assim como o contexto em que vive e a relação dele com a natureza do tema a ser aprendido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A infância é um período crítico de desenvolvimento de habilidades e conhecimento. A educação na infância tem papel primordial na integração do indivíduo na sociedade. Graças à 11
neurociência da aprendizagem, os transtornos comportamentais e da aprendizagem passaram a ser mais facilmente compreendidos pelos educadores, que aliados à neurociência tem subsídios para a elaboração de estratégias mais adequadas a cada caso. Um professor qualificado e capacitado, um método de ensino adequado e uma família facilitadora dessa aprendizagem são fatores fundamentais para que todo esse conhecimento que a neurociência nos viabiliza seja efetivo, interagindo com as características do cérebro de nosso aluno. Esta nova base de conhecimentos habilita o educador a ampliar ainda mais as suas atividades educacionais, abrindo uma nova estrada no campo do aprendizado e da transmissão do saber.
THE INFLUENCE OF NEUROSCIENCE IN LEARNING
SUMMARY
The neuroscience of learning, in general terms, is the study of how the brain learns. The article is a study of theoretical production, conducted through the methodology of literature review, which shows the great influence of neuroscience to the learning process, knowledge on the part of professionals engaged in education and learning in general. The objective of this paper is to discuss theoretically the influence of neuroscience to learning. I believe that by understanding the studies in journals and books that address this issue, provide a greater clarity on the issue, in order to offer improved job performance.
Keywords: neuroscience, learning and education 12
REFERÊNCIAS
COENZA,R;GUERRA,L.B.; Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed,2011
MIETTO, Vera L. S. A importância da neurociência na educação. Disponível em: http://www.ceitec.com.br/artigos/a-importancia-da-neurociencia-na-aprendizagem.pdf
RELVA, M.P; Neurociência e educação: Potencialidades dos gêneros na sala de aula. 1º.ed. São Paulo: Wak, 2009.
BARTOSZECK, A. B. Neurociência na educação. Disponível em: http://www.sitedaescola.com/ferramentas/dokeos/courses/NAPNE/document/neurociencia na educação.artigo.pdf
SANTOS, D. R. Contribuição da neurociência e aprendizagem escolar na perspectiva da educação inclusiva. Disponível em: www.faetec.rj.gov.br/desup;imagens/editec/02.2011 artigo_denise-russo.pdf
CARVALHO,F. A. H Neurociências e educação: uma articulação necessária na formação docente. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=51981-77462010000300012&scrip=sci_arttext
Railany Cutrim
Por Wellington Oliveira
A diferença básica é que o QI (Quoeficiente de Inteligência) é um índice quantitativo estabelecido por psicólogos para definir as capacidades cognitivas, ou o nível de inteligencia de
uma pessoa do ponto de vista racional e lógico. Já a Inteligência Emocional popularizada por Daniel Goleman (1995), é a capacidade de usar as emoções a nosso favor, não sendo somente um sentimento, mas sim programas emocionais ligados a nossa fisiologia, onde não somo capazes de controlá-las na totalidade.
Goleman e outros autores relatam que o QI não seria suficiente para o diagnóstico sobre a inteligência, porque há um importante papel por parte das emoções no que diz respeito a
capacidade humana para solucionar temas complexos envolvendo a racionalidade.
QI e Inteligência Emocional no que se diferem?
Por Wellington Oliveira
A diferença básica é que o QI (Quoeficiente de Inteligência) é um índice quantitativo estabelecido por psicólogos para definir as capacidades cognitivas, ou o nível de inteligencia de uma pessoa do ponto de vista racional e lógico. Já a Inteligência Emocional popularizada por Daniel Goleman (1995), é a capacidade de usar as emoções a nosso favor, não sendo somente um sentimento, mas sim programas emocionais ligados a nossa fisiologia, onde não somo capazes de controlá-las na totalidade.
Goleman e outros autores relatam que o QI não seria suficiente para o diagnóstico sobre a inteligência, porque há um importante papel por parte das emoções no que diz respeito a capacidade humana para solucionar temas complexos envolvendo a racionalidade.
Conhecendo melhor as nossas emoções:
De acordo com os autores, Daniel Goleman e Richard Davidson, o conhecimento das emoções é um processo continuo de aprendizagem que envolve a nossa capacidade para identificar o que sentimos em determinados momentos.
Nossas emoções básicas primárias são – Amor, Ódio, Tristeza, Alegria e Medo – as demais seriam ramificações dessas.
Em primeiro lugar para o reconhecimento das nossas emoções, faz-se necessário buscar o autoconhecimento e a autopercepção dessas emoções básicas no momento de sua ocorrência. Devemos ter em mente que deve ser um treino constante o reconhecimento, e a elaboração em palavras sobre as nossas emoções.
Como identificar no dia a dia a nossa inteligência emocional ?
A inteligência emocional pode ser desenvolvida através dos seguintes princípios:
1. Conhecer as próprias emoções.
Autoconsciência é a capacidade de reconhecer um sentimento sempre que ele ocorre, essa é a pedra de toque da inteligência emocional.
2. Lidar com essas emoções.
Precisamos aprender a lidar com os sentimentos para que sejam apropriados. Isso pode ser feito atraves da aptidão que se desenvolve na autoconsciência e que nos capacita a confortar-se, de livrar-se da ansiedade, tristeza ou irritabilidade que nos bloqueiam gerando conseqüências resultantes do fracasso nessa aptidão emocional básica. Pessoas que são fracas
nessa aptidão vivem em constante luta contra sentimentos de desespero, enquanto outras se recuperam mais rapidamente dos reveses e perturbações da vida.
3. Ter controle sobre as emoções
Ter autocontrole emocional é saber adiar a satisfação e conter a impulsividade que está por trás de qualquer tipo de realização. A capacidade de entrar em “flow” possibilita um desempenho excepcional. Pessoas com essa capacidade tendem a ser mais produtivas e eficazes em qualquer atividade que exerçam. Colocar as emoções a serviço de uma meta é essencial para centrar a
atenção, para a automotivação, controle e aumentar a criatividade.
4. Reconhecer as emoções nos outros.
Outra capacidade que se deve desenvolver na autoconsciência emocional é a empatia, e esta por sua vez deve ser uma “aptidão pessoal” fundamental. Quanto nos custa não saber “escutar” as emoções, e os motivos pelos quais a empatia gera altruísmo. Pessoas empáticas estão muito mais sintonizadas com os sutis sinais do mundo externo que indicam o que os outros precisam, o
que querem ou porque estão expressando determinados sentimentos ou emoções. Isso as torna bons profissionais no campo assistencial, no ensino, gestão de pessoas, vendas e administração.
5. Construir bons relacionamentos.
Relacionar se de forma eficaz é uma arte que resulta na aptidão de lidar com as emoções dos outros. Essa aptidão determina a popularidade, a liderança e a eficiência interpessoal. Pessoas excelentes nessa aptidão se dão bem em qualquer ambiente e em qualquer coisa que dependa de interagir tranquilamente com outros; são estrelas sociais.
Situações de conflito e stresse estão presentes a todo momento no nosso dia a dia e para que uma reação tempestiva não seja tomada precipitadamente precisamos considerar os pontos a cima e buscar essas aptidões no trato das nossas emoções e do outro. Existem várias metodologias e técnicas eficazes para o controle emocional que abordaremos nas
próximas matérias.
E por fim, toda emoção é externalizada atraves de comportamentos, por isso, a grande importancia da busca pelo autoconhecimento para que atravéz da gestão comportamental tenhamos resultados extraordinários tendo controle e usando as emoções de forma inteligente.
Esse é o início do processo para retomar o controle de uma vida emocional saldavel.
Wellington Oliveira
Por Sávio Castro
Senhores Recrutadores, por favor, vamos parar com a prepotência de querer mudar, moldar, mandar em pessoas.
Entenda: Liderança é parceria, é na vertical, não na horizontal.
Saia da sua zona de conforto no qual as regras é você que faz e executa de um mundo engessado, que busca pessoas somente para cumprir tabela do
“arroz com feijão”.
O papel do gestor é cuidar das pessoas – Simples assim.
Senhores Recrutadores, por favor, vamos parar com a prepotência de querer mudar, moldar, mandar em pessoas.
Entenda: Liderança é parceria, é na vertical, não na horizontal.
Saia da sua zona de conforto no qual as regras é você que faz e executa de um mundo engessado, que busca pessoas somente para cumprir tabela do “arroz com feijão”.
Pare de escrever anúncios que procuram por perfil Alta performance, mas, quando encontra-os, não saber lidar com eles ou então usa a prepotência de querer mudá-los, encaixá-los na sua casinha, no seu menu repetitivo e sem tom.
Os profissionais de Alta performance são questionadores, proativos, resolutos.
Não são os perfis de indicação, de tapinha nas costas, sorrisos amarelo, que vai dizer o que você quer escutar. Irão dizer o que você precisa escutar. Os Altas performances, não chegam para dizer amém. Eles chegam para mudar, para transformar, para fazer acontecer – e eles não vão ter o pensamento raso de permanecer 30 anos na sua empresa.
São profissionais com fome de mudanças, Eles estão sempre de passagem.
Cumprem a missão e voam. Eles entregam o que tem de melhor e seguem o caminho. A missão é preparar – lo para caminhar sem eles, porque Alta performance são seguros. Por isso, não vão ter a obrigação de controle, de
chefia, de pessoas dependentes, sejam elas quem for.
Alta performance treinam pessoas para também serem Alta performance. Eles não querem subordinados, eles querem parceiros. Eles não têm medo de doar informação e o outro se equiparar, pois quando o outro se iguala quer dizer que ele pode voar mais alto. Quando o outro se iguala, todos crescem.
ALTA PERFORMANCE TIRA VOCÊ DA ZONA DE COFORTO! DIANTE DISSO, OS QUESTIONAMENTOS:
Será que você não está encontrando alta performance ou será que você os encontra, porém, você não sabe lidar com esse perfil que as empresas e os recrutadores saiam da caixinha e comecem a se questionar se o problema não estaria no processo maçante, frio e engessado que eles insistem em aplicar.
O dolorido é ter que lidar com pessoas despreparadas avaliando se você tem ou não capacidade para ocupar um cargo!
Sávio Castro
Por Wellington Oliveira
As crenças limitantes são formas de expressão que iniciam nos pensamentos que impedem de realizar determinada tarefa. São vários os motivos porque elas existem, geralmente acontece por algum acontecimento que tenha sido traumatizante para nossa mente, que nos incapacita de seguir em frente.
Você já se pegou com pensamentos negativos como estes?
TRANSFORMANDO CRENÇAS LIMITADORAS
Por Wellington Oliveira
As crenças limitantes são formas de expressão que iniciam nos pensamentos que impedem de realizar determinada tarefa. São vários os motivos porque elas existem, geralmente acontece por algum acontecimento que tenha sido traumatizante para nossa mente, que nos incapacita de seguir em frente.
Você já se pegou com pensamentos negativos como estes?
– Eu não tenho capacidade em aprender isso
– Eu não sou capaz, não consigo
– Eu nunca vou conseguir me organizar
– Eu não me sinto digno de receber essa conquista
Muitas pessoas não conseguem enfrentar desafios por acharem-se incapazes de realizar determinada tarefa. Alguns não conseguem falar em público por terem enfrentado alguma situação constrangedora na infância, onde foram chamadas de incapazes, burras, incompetentes e outras formas de expressão que acabam atingindo sua autoestima.
Infelizmente muitos filhos são criados por seus pais com base no medo, crenças limitantes e ameaças constantes. Essas crenças regem nossas vidas e no fundo sempre tem um pouco de verdade, por isso nos limita tanto em nosso dia a dia.
Sempre estamos sob influência de um crítico interno quando dizemos a nós mesmos “eu não”.
De acordo com estudos psicológicos, geralmente são três categorias de crenças limitantes:
A maior dificuldade em identificar as crenças que nos movem são a autossabotagem, vitimização e a defesa do ego, que tentam lhe provar que seus pensamentos e sentimentos destrutivos são corretos e engessados em sua personalidade.
“Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo”. Henry Ford
Thomas Edson errou mais de cem vezes até conseguir criar a lâmpada incandescente. Com otimismo e perseverança, Thomas venceu as suas limitações e deixou para a humanidade mais de duas mil patentes.
Essa é sua vez de mudar o seu mundo a sua volta!
Wellington Oliveira
Por Clebiana Gouvea
Se tem uma coisa que sempre me intrigou desde a minha mais tenra infância e posso dizer que até hoje ainda me deixa com uma pulguinha atrás das orelhas é o tal do ruído no processo de comunicação onde o emissor emite uma mensagem e essa mensagem não é decodificada adequadamente pelo receptor e emite uma reação/resposta bem diferente do que realmente foi ouvido.
COMO TRANSFORMEI RUÍDO EM PROPÓSITO
Por Clebiana Gouvea
“Entre o que eu penso, o que quero dizer, o que digo e o que você ouve, o que você quer ouvir e o que você acha que entendeu, há um abismo.”
Alejandro Jodorowsky
Se tem uma coisa que sempre me intrigou desde a minha mais tenra infância e posso dizer que até hoje ainda me deixa com uma pulguinha atrás das orelhas é o tal do ruído no processo de comunicação onde o emissor emite uma mensagem e essa mensagem não é decodificada adequadamente pelo receptor e emite uma reação/resposta bem diferente do que realmente foi ouvido.
Esses ruídos de comunicação são muito mais comuns do que imaginamos e dependem de vários fatores os quais não serão tratados por ora neste artigo. Hoje falaremos sobre um intrigante ruído de comunicação observado desde a mais tenra infância capaz de promover anos depois, em uma escolha decisiva profissional onde a escuta do outro é de grande importância para promoção do bem estar mental e emocional quer seja pessoal ou nas relações interpessoais dentro do processo analítico ou terapêutico.
Tenho a convicção de que você já perdeu as contas com tantos ruídos de comunicação no seu percurso de vida. Mas, calma, vou te ensinar o que eu fiz para resolver esse problema que foi decisivo para mim. Abra bem seus ouvidos e se prepare para escutar a história que eu vou te contar.
Desde muito pequena quando aprendi a falar vivia pedindo; na verdade implorando à minha mãe; para que eu fosse com ela em qualquer lugar que ela fosse. Não sei se era dependência, mas, amava minha mãe e gostava da presença dela. Era uma gostosa companhia. Mas com 5 filhos, como poderia ter tempo exclusivo para mim?
Do alto daquele pequeno ser egoísta eu não queria nem saber, queria ficar o tempo todo ao lado dela e ponto. Se pudesse, nem iria à escola, mas ela sempre me achava escondida atrás das portas, e eu acreditava piamente que nunca iria ser encontrada. Quanta inocência!
Quando ela precisava viajar era um “Deus nos acuda”. Parece que eu nasci com um radar embutido que captava o menor sinal de que ela iria sair e eu já ficava de butuca e de orelhas em pé vigiando seus passos.
Sem saber o que fazer, ela vinha com aquela “conversa de cerca lourenço” para o meu lado tentando me convencer a ficar. Hoje chamamos de gatilho mental. Nenhum dos gatilhos mentais funcionava comigo. Meu desejo de ir com ela era expresso tão forte e verdadeiro que nunca apanhei pela teimosia, mas, ela acabava indo sem mim.
Ficava ressentida dias e dias porque minha mãe não escutava meu clamor por sua presença. Minha mãe nunca trabalhou fora de casa e fez o que pode e o que dava conta. Hoje, depois de muito recordar, repetir e elaborar, acabei colocando esse imbróglio infantil nas caixinhas do perdão e da compaixão.
Pois é, fiz desses limões da vida uma limonada. Talvez não seja difícil para você leitor entender o que resultou desse ‘trauma infantil’ anos depois não é mesmo?
Acertou quem disse que escolhi a Psicologia como profissão e não teria especialização melhor que a Psicanálise, que me ensinou a lidar com o desejo e o árduo processo de sustentá-lo pelas veredas impermeáveis da transferência.
Aprendi que ao fazer catarse com todas os agentes provocadores que foram surgindo no horizonte durante o meu crescimento e desenvolvimento pessoal e nas minhas relações com o outro evocaram uma subjetividade auditiva para além do aparelho auditivo desenvolvendo o sentido da escuta.
Olha como o processo é interessante. Talvez você compreenda melhor com uma frase bíblica que diz assim: “Pois o ouvido prova as palavras como a língua prova o alimento” Jo:34-3. Isso significa que para escutar é necessário ‘degustar’ o que está sendo ouvido.
Como saber se estamos de fato ‘degustando’ as palavras?
Funciona da mesma maneira quando “a língua prova o alimento” e agrada ou não ao paladar. Se gostou do que comeu, a cada mordida, uma explosão de sabores harmoniosos que despertam um sorriso instantâneo, fazendo a boca implorar por mais. Mas o contrário, uma comida ruim promoverá repulsa às papilas gustativas deixando uma sensação desagradável e levando o sujeito a se livrar o mais rápido possível daquele gosto ruim.
Se “o ouvido prova as palavras como a língua prova o alimento”, o escutar deveria funcionar de forma semelhante ao paladar. Isso quer dizer que, se gostou do que ouviu, tudo bem, uma explosão de palavras harmoniosas que despertam um sorriso instantâneo, fazendo os ouvidos implorarem por mais e se não gostou haverá repulsa pelo canal auditivo levando a se livrar o mais rápido possível do que foi ouvido.
No entanto, quando ‘não cai bem aos ouvidos’ a reação ou resposta pode ser variada pois depende de cada pessoa.
O que comumente acontece quando não se gosta do ‘sabor da palavra ouvida’, as reações mais comuns são:
Desenvolver o sentido da escuta para além da audição é um processo árduo que requer volição, conhecimento e persistência. Saber escutar fará muita diferença nas relações interpessoais.
Para aprender escutar o outro é preciso quebrar o hábito de querer e parecer agradável ao outro. É preciso aprender a ultrapassar as barreiras da necessidade de aprovação e aceitação. Por trás desse imaginário desejo de ser ‘adorável e aceito’ pelo outro há um preço alto que se paga ao colocar a subjetividade em risco, desconectar-se de sua autenticidade e facilitar o aparecimento nem sempre sutil de sintomas e afetos perniciosos à saúde emocional e mental.
Se você leitor se identificou comigo e não sabe o que fazer com tantos ruídos de comunicação capazes de se afastar do outro e escolher que ficar sozinho seja o melhor remédio, está na hora de parar e começar a se questionar:
Essas questões que estudaremos daqui para frente, sempre estiveram presentes em minha mente desde a mais tenra idade e tomaram uma proporção tão provocadora em meu percurso de vida que me levaram a buscar conhecimento e práticas capazes de encontrar saídas do difícil labirinto da comunicação.
Quando se busca aprender a escutar o outro um leque de oportunidades de crescimento pessoal e emocional abre em sua direção. A escuta oportuniza o diálogo, livra os interlocutores de enganos, de julgamentos, de dúvidas e incertezas e esclarece as razões e o percurso de vida em que o indivíduo está inserido diferentemente uns dos outros. Por meio da escuta podemos transformar nossas vidas tornando nossa experiência humana mais rica e interessante.
Convido o leitor a ‘assentar’ no “Divã na Rede” onde dou dicas sobre escuta e te ensino a investir na escuta e enriquecer sua relação com o Outro.
Até breve!
Clebiana Gouvea
Por Sávio Castro
A mulher no comando, na liderança e onde mais ela quiser chegar.
Avaliada pela sua competência e seu potencial. Valorizada por suas qualidades e habilidades. Remunerada igualmente. Reconhecida por fazer a diferença. Esse é o mundo ideal pelo qual as mulheres lutam todos os dias.
MULHERES NO COMANDO: IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA FEMININA EM TODOS OS SETORES PROFISSIONAIS
Por Sávio Castro
A mulher no comando, na liderança e onde mais ela quiser chegar.
Avaliada pela sua competência e seu potencial. Valorizada por suas qualidades e habilidades. Remunerada igualmente. Reconhecida por fazer a diferença. Esse é o mundo ideal pelo qual as mulheres lutam todos os dias.
Em todos os campos de atuação e em todos os âmbitos sociais, as mulheres lutam contra preconceitos e discriminações de gênero. Tentam provar à sociedade que, assim como os homens, elas têm sim capacidade para ir além da reclusão à vida doméstica e familiar e que merecem ser reconhecidas e respeitadas como todo ser humano.
Não por acaso uma característica tem ganhado destaque e importância no mercado de trabalho: a liderança.
Um estudo divulgado pelo Journal of Applied Psychology aponta que cada vez mais, as mulheres ocupam altos cargos no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade de Duke (EUA), as que ocupam cargos executivos são vistas como melhores líderes do que os homens.
A pesquisa também concluiu que as mulheres são mais eficientes para assumir cargos de liderança. Além disso, elas também sabem conduzir melhor os relacionamentos profissionais do que os homens.
Os dados mostram que a conquista da mulher por seu espaço no mercado de trabalho deve ser enaltecida. Por méritos próprios, elas colhem os frutos de sua competência e liderança no meio corporativo.
Com o intuito de promover crescimento econômico aliado com desenvolvimento humano, no ano de 2010, a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres e o Pacto Global elaboraram os Princípios de Empoderamento das Mulheres, que tem o objetivo de auxiliar o meio corporativo a implementar práticas e ações que resultem em igualdade de gênero dentro das corporações. Esses princípios consistem em:
Sávio Castro
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